Criando estratégias para a carreira de estrategista

Imagine que você quer trabalhar com estratégia e comece a se questionar: quais possibilidades eu tenho? Caso você saia procurando por aí no Linkedin vagas com o nome “Estrategista” é capaz de se decepcionar porque vai acabar encontrando pouca coisa. Talvez apenas empresas maiores ou mais sofisticadas tenham posições exclusivamente de estratégia. Mas não desanime, porque se você pensar por outro ângulo, o leque aumenta muito. Em praticamente todas as áreas de atuação em uma organização há pelo menos um profissional com responsabilidades que dizem respeito à estratégia. Aqui sim o lago é muito maior para pescar e essas posições são super importantes, com um trabalho estratégico indispensável.

O ponto aqui é entender o estrategista não apenas como uma posição, um cargo, mas como uma habilidade. O estrategista em si é quem tem a incumbência de pensar o setor em que atua ou a empresa de uma forma mais ampla, independente de onde esteja. Por exemplo, um profissional pode começar a carreira em RH e, conforme adquire experiência e se desenvolve, passa a ter uma visão mais abrangente das áreas administrativas, podendo se consolidar como um Business Partner, trabalhando estratégias de gestão de pessoas para as áreas que apoia. Ou então, em outro exemplo, um gerente ou diretor Comercial que geralmente acaba se tornando o responsável por traçar a estratégia comercial da empresa e lidera o time de vendas nessa direção.

Logo, a posição em si do estrategista é bastante diluída. Até vamos encontrar um cargo de estrategista propriamente dito, mas é uma realidade restrita a empresas bem grandes e sofisticadas que possuam um setor específico de estratégia de negócios. E, claro, temos as consultorias. Empresas como McKinsey, Bain & Company e tantas outras certamente têm posições exclusivas para quem trabalha com planejamento estratégico de forma “pura”.

Há ainda algumas áreas que trazem especificamente alguém de estratégia para compor a equipe. Como no segmento de comunicação e marketing, em que é comum encontrarmos a figura do planner. É um profissional responsável por orientar a direção das campanhas, elaboração dos conceitos e estabelecimento dos objetivos a serem alcançados. Porém, o mais comum se procurarmos nos perfis de LinkedIn não é vermos uma pessoa com a estratégia no cargo ou função, mas sim como uma atribuição inerente ao seu dia a dia.

 

 

Isso também tem a ver com o fato de que a disciplina de estratégia é recente. Começou a ser sistematizada em meados da década de 60 na sua aplicação a negócios. E desde então a sua relevância nas organizações só aumenta. Afinal, a estratégia precisa ser desenhada o tempo todo. 

O jogo é: definir quais são os objetivos a serem alcançados > quais são as metas > como chegar até elas > como medir os resultados > qual o melhor emprego de recursos visando chegar nesses objetivos e alcançar o resultado com o maior retorno sobre os investimentos. Em outras palavras, a estratégia é traçar esse caminho e definir aonde se quer chegar e como chegar lá. Logo, essa alocação de recursos, como dinheiro, tempo, pessoas, leva a organização de um planejamento. 

A pessoa com a atribuição de estrategista precisa ter clareza para definir esse caminho e, mais importante, garantir que as coisas no dia a dia se mantenham na direção traçada. Assim, podemos entender que o estrategista está para a empresa como a bússola está para o viajante (ou GPS, se quiser ser mais moderninho). É ter um olhar mais macro, definir os caminhos e garantir que tudo que está sendo feito siga essa direção.

E isso precisa ser feito no nível mais macro da organização e desdobrado em cada uma de suas partes. Pensando assim, tem bastante espaço para ser um estrategista, mesmo que você não tenha esse “nome” no cargo. Afinal, uma empresa sem pessoas que pensam estratégia é uma empresa perdida, sem rumo, não sabe aonde quer chegar e muito menos como chegar. A empresa que tem essa estratégia traçada está mais orientada sobre qual rota pegar.

 

Desenvolvendo habilidades

Para performar bem como estrategista, além da experiência de carreira e da bagagem como profissional, algumas habilidades se fazem importantes, como pensamento analítico, pensamento crítico, raciocínio lógico, criatividade, análise de dados, pensamento adaptativo, inovação, storytelling, e por aí vai.

 

Claro que o trabalho de estratégia tem muita técnica envolvida, mas no fundo essas habilidades reunidas compõe um grande mindset. Uma forma de pensar para atacar problemas e trazer soluções que otimizem recursos e maximizem lucros.

Considerando isso, a Sandbox há 9 anos busca desenvolver cursos transversais que são focados em treinar o mindset, a cabeça das pessoas. Todos os cursos ensinam a pensar de forma orient ada a resultados, objetivos, metas, tomadas de decisões, escolhas claras, em como os recursos precisam ser empregados. Mas isso em diversas áreas distintas. Vamos de CRM a Digital Marketing, de CX a Growth. Mas sempre com a mesma pegada de desenvolver o tipo de habilidade necessárias para pensar estrategicamente.

Afinal, já que a posição de estrategista é diluída e envolve particularidades da área de atuação, desenvolver o pensamento estratégico como um todo fornece autonomia para os profissionais atuarem de forma ampla no mercado em posições estratégicas nas organizações.

São habilidades aprendidas pra toda vida, desenvolvendo um modus operandi que você cria no seu próprio jeito de trabalhar. No fim, estratégia é menos sobre técnicas e mais sobre skills.

Uma dica do que fazer: estudar é importante para o estrategista. Não necessariamente com a gente. Mas se você quer ter solidez no seu pensamento estratégico, leia os clássicos. Michael Porter, Bruce Henderson, Peter Drucker, Henry Mintzberg. Eles são considerados os pais da disciplina, pioneiros no assunto e pilares fundamentais para o desenvolvimento de um bom pensamento estratégico. E muito atuais até hoje.

Também é importante conhecer ter o referencial de cases da área e grandes consultorias, pois é o conhecimento teórico aplicado na prática. Estratégia também é uma área muito técnica que requer esse arcabouço teórico. Logo, é relevante ter um estudo formal, sistematizado, e ler artigos, livros, cases, fazer cursos que ensinem na prática a dinâmica da estratégia e lhe coloquem em contato com desafios e problemas complexos a resolver.

E uma dica do que não fazer: não se educar via frameworks. Muitos autores e empresas apresentam ferramentas, por exemplo, o 5W2H para fazer plano de ação, ou o Diagrama de Ishikawa para definição e resolução de problemas. Não que as ferramentas sejam ruins, pelo contrário: muitas delas são ótimas. Porém, é preciso ter cuidado para não correr o risco de se educar a partir delas e virar um mero preenchedor de frameworks – alguém que não aprendeu a pensar por conta própria. É bom usar as ferramentas como repertório, não como princípio.


Bem, se você se interessa em se desenvolver seu pensamento estratégico, não tem melhor pedida do que a Planning Academy. É uma plataforma completa de aprendizagem, com diversos formatos de ensino e conteúdo que não acaba mais. E a única certificada pelo Grupo de Planejamento. As inscrições estão abertas, saiba mais.

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