Quando falamos em futuro do varejo – ou New Commerce, como batizou o CEO do Alibaba, Jack Ma – muitas vezes temos em mente que a transformação vai chegar até nós, e não que iremos até ela. O problema é que esse tipo de pensamento é extremamente prejudicial para qualquer empresa, especialmente dentro do varejo. Isso porque o futuro estará lá, quer você acompanhe ou não.

Mais do que acompanhar os processos de inovação, é preciso encontrar formas de contribuir verdadeiramente para a transformação que ocorre ao redor da sua empresa – mesmo que seja em um nível micro, a partir dos processos internos do seu negócio. Então, como contribuir de forma ativa para sua empresa acompanhe o futuro do varejo , buscando não apenas o que o cliente deseja hoje, mas o que ele precisará amanhã?

Neste artigo, trazemos alguns insights sobre o assunto e também um dos métodos estudados nas aulas do curso sobre New Commerce e o Futuro do Varejo na Sandbox Escola de Estratégia. Então, vem com a gente!

Como contribuir para as mudanças dentro do varejo?

O primeiro ponto a ser discutido é que, por mais que estejamos falando de inovação e futuro, algumas atitudes são essenciais para o sucesso, independente dos avanços tecnológicos de uma época. A primeira delas é reforçar que as pessoas continuam sendo o centro de tudo. Não há caminho possível que não considere o usuário como protagonista. E a segunda é que o novo tem um poder enorme, sobretudo quando bem executado.

Em tempos de hiperconectividade, a agilidade é elemento chave para conseguir criar uma boa estratégia, mas que não fique presa em processos engessados e documentação extensa. Para o futuro, cada vez mais o mercado do varejo vai exigir um fluxo contínuo, que constantemente busca melhorar e aperfeiçoar um processo, mas que não espera pelo “resultado perfeito” ou o “momento ideal”.

Ou seja, na realidade que estamos construindo para o New Commerce, especialmente na internet, o foco deve ser na agilidade da estratégia. Veja, isso não quer dizer criar um projeto sem pesquisa, base ou documentação, tampouco deixar que a sorte decida o que vai dar certo ou errado.

Pelo contrário, uma estratégia mais assertiva e focada consiste em saber que um produto lançado é mais importante do que uma documentação extensa, e que mudar muitas vezes vale mais do que seguir o plano. E mudar de forma rápida e eficiente exige muito mais do que ficar parado em uma posição confortável. Exige flexibilidade, participação e contribuição de toda a equipe estratégica e de criação. Exige saber que, no fim de tudo, a entrega é o que importa.

Para entender melhor esse conceito, vamos apresentar um modelo de transformação baseado em 3 pilares, que é utilizado hoje por muitas empresas e pode fazer toda a diferença no hoje e no amanhã do seu negócio.

Transformação em três vértices: foco na venda, na marca e na digitalização

Toda ideia deve ter o poder de gerar uma transformação dentro do seu negócio. Se não conseguir isso, precisa ser descartada. Pensando nisso, um dos modelos apresentados durante o curso sobre New Commerce para os alunos diz respeito à transformação em três vértices, que foca nos conceitos de vendas, marca e digitalização. Vamos entender melhor um pouco sobre cada um deles agora.

1. Vendas: o desafio contínuo do varejo

Sejamos francos, o desafio de todo varejista é vender. Por trás de toda a pesquisa, estratégia e comprometimento, o que define se um produto ou serviço realmente funciona é o quanto ele vende – ou seja, o quanto ele se tornou essencial para determinado público.

Então, qual é o papel do estrategista em relação às vendas? Como contribuir, nesse sentido, para construir o futuro de uma empresa? A verdade é que, quando falamos de vendas, estamos falando de mensagens. Afinal, todo produto ou serviço tem algo a dizer, e o desafio de uma marca é passar essa mensagem da forma mais efetiva possível (especialmente em tempos de redes sociais em que o conteúdo é algo saturado e repetitivo).

Então, o papel da estratégia é provocar uma conversa significativa com o seu cliente e, a partir dessa conversa, criar um plano estratégico e criativo, organizando essas ideias dentro das expectativas e das possibilidades da marca.

Mas como organizar tudo o que a empresa tem a dizer? Sabemos que o varejo sempre tem muitas mensagens para dar, e que elas mudam o tempo todo. Por isso, é essencial deixar todas elas muito claras, organizando tudo o que há para dizer. O processo é sempre o mesmo: olhar para o que está sendo feito, analisar os resultados e as pesquisas e, se preciso, reorganizar os planos. Pode parecer planejar demais, mas acredite, não é.

2. Marca: assumindo o papel de protagonista

Dentro do conceito de marca, uma das principais tarefas do estrategista é assumir seu protagonismo dentro de um projeto. Isso porque, na hora de falar de estratégia, é normal que o profissional esteja um pouco mais isolado do restante da equipe, precisando tomar essa responsabilidade para si. É ele, afinal, que tem a difícil (e gratificante) missão de traduzir o propósito da marca, e quais serão os próximos passos a serem dados, para toda a equipe criativa.

E como fazer isso? Em primeiro lugar, é preciso que alguém entenda a marca como um todo. Isso é feito, obviamente, a partir de um extenso e profundo trabalho de branding, que também é constante. Depois disso, é o momento de ajudar a equipe criativa a entender tudo o que está acontecendo no mercado. Assim, como estrategista, você tem o papel de traduzir, falar sobre o projeto e auxiliar a equipe em todos os seus processos.

Portanto, na construção de um New Commerce, é preciso questionar: a sua marca está sendo expressa da melhor forma possível em todos os pontos de contato? Para isso, é preciso olhar para os indicadores e gerar análises recorrentes em cima desses dados. Se algo parecer fora de foco, o processo se repete, até que a mensagem esteja clara, consistente e assertiva.

3. Digitalização: como chamar a atenção do seu cliente?

Você já deve ter ouvido falar que é preciso de apenas 3 segundos para alguém perder o interesse em seu conteúdo, certo? Bom, nos últimos tempos, esses 3 segundos parecem tempo demais. Isso porque a atenção está muito mais fragmentada, com a quantidade de informação, ofertas e novidades pipocando em qualquer meio digital a todo momento. Em meio a isso, como construir uma boa estratégia de digitalização e conseguir capturar a atenção genuína do seu público?

Quando pensamos no futuro do varejo, o primeiro ponto a ser observado é o que a sua empresa já é, e o que ela precisa ser a partir de agora. Ou seja, quais são os passos necessários para levar o seu negócio até o lugar em que ele deseja ocupar futuramente – mesmo que o futuro seja logo ali?

E a resposta para isso é uma só: inteligência de mercado. Não há como saber para onde você quer chegar, sem saber antes de onde se está partindo. Então, é essencial entender bem o seu público hoje, conhecê-lo profundamente, e entender quais são as coisas que chamam a sua atenção, para a partir daí começar a pensar no que ainda não foi feito, no que pode funcionar e naquilo que tem mais chances de se tornar uma campanha de sucesso. Porque, por mais que tenhamos dito que o importante é a entrega, de nada vale entregar uma mensagem que ninguém quer ouvir, uma solução que não resolve a vida de ninguém e um produto com o qual ninguém se identifica.

Por fim, é preciso dizer que as ideias mais fortes e mais poderosas impactam as três pontas do vértice que apresentamos, e é isso que sua empresa precisa buscar dentro de uma boa estratégia. Seja para acertar hoje ou estar preparado para o futuro do varejo, pensar nesses três conceitos de forma alinhada e consistente certamente vai aproximar você dos seus objetivos – não apenas mais rápido, mas também com muito mais performance.

A essa altura do campeonato, o que precisa ser feito é deixar o seu negócio mais parecido com a cara que o New Commerce terá, e também com o que o consumidor está esperando – pois, no fim das contas, tudo é feito por ele.

Para guiar você nesse caminho, a Sandbox desenvolveu o curso New Commerce: o futuro do varejo. Em nossas aulas, você entenderá os contextos mais contemporâneos do varejo mundial e o poder dos marketplaces e ecossistemas, além de ficar por dentro das tendências mundiais mais relevantes. Conheça o nosso cronograma!