Pensar, pensar, pensar. Todos os dias, ao ir para o trabalho, precisamos raciocinar sobre todas as nossas escolhas, nossos problemas e nossas decisões, seja em grande escala ou simplesmente para finalizar uma tarefa.
A maioria das vezes, raciocinamos de forma consciente. Outras, no entanto, são feitas constantemente sem que possamos perceber. Essas formas de pensar são chamadas de raciocínio dedutivo e raciocínio indutivo, opostos em suas explicações, e que utilizam de dados e constatações diferentes para chegar a uma tomada de decisão.
O raciocínio indutivo é o ato de usar cenários específicos e tirar conclusões generalizadas deles. Também conhecido como “raciocínio de causa e efeito”, aqui, há muitas observações, discernimento de um padrão, criação de uma generalização e inferição de uma explicação ou uma teoria. Resumindo, esse é um método lógico que combina observações com informações experienciais para chegar a uma conclusão.
Por exemplo: um recrutador, depois de analisar funcionários de alto desempenho e bem-sucedidos no seu setor, reconhece que todos se formaram em nichos semelhantes. Diante disso, as próximas contratações serão realizadas com base em candidatos que possuem graduação em uma dessas formações. Ou seja, o raciocínio aqui foi que, os funcionários produtivos são assim pois têm a graduação X, então, o recrutador vai ao mercado procurar por pessoas que possuem essa mesma formação, pois isso significaria que elas são adequadas para a posição.
Já o raciocínio dedutivo, ou de dedução, acontece quando se faz uma afirmação comum, apoiada em cenários ou dados específicos. Resumindo, começa através de uma hipótese geral e depois se examina as possibilidades para chegar a uma conclusão específica, baseada em raciocínio e evidências.
Por exemplo: na afirmação “todas as maçãs são frutas”, ao ter em mãos informações específicas como “todas as frutas crescem em árvores”, pode-se deduzir que as maçãs crescem em árvores. Outro exemplo: “Todas as aranhas têm oito pernas. A tarântula é uma aranha. Portanto, tem oito pernas”. Supõe-se que as afirmações são verdadeiras, então, a conclusão é lógica.
A diferença entre os raciocínios: qual é melhor?
Por mais que ambos sejam a mesma ação, as suas constatações são opostas. Enquanto o raciocínio dedutivo é comprovado por meio de observações, o indutivo extrai uma premissa provável (mas não certa) de observações específicas e limitadas – existem dados, e as conclusões são tiradas deles.
Resumindo, os dois são iguais quando o assunto é chegar a uma conclusão ou proposição. A diferença, no entanto, é que o raciocínio indutivo começa com uma observação, apoia-a com padrões e depois chega a uma hipótese ou teoria, enquanto o dedutivo começa com uma teoria, apoia-a com observação e, de vez em quando, chega a uma confirmação.
Os dois métodos permitem chegar perto da verdade, dependendo da informação que se tem em mãos. Ou seja, não há certo ou errado. No entanto, com base nestes raciocínios, nunca se pode provar algo com absoluta certeza.
USANDO O RACIOCÍNIO NO LOCAL DE TRABALHO
Ambos os raciocínios são essenciais ao colaborar no ambiente de trabalho. Ciente ou não, você está constantemente fazendo inferências e tirando conclusões usando os dois métodos para tomar decisões, criar ideias e melhorar processos.
Com o raciocínio indutivo, por exemplo, você pensa se vai implementar um novo processo com base nos dados que teve, decide sobre planos de incentivos com base em uma pesquisa com funcionários e até mesmo altera um horário ou reunião com base nas dicas dos colaboradores.
Já o raciocínio dedutivo pode se manifestar no desenvolvimento de um plano de marketing que será eficaz para um público-alvo, no projeto e no layout de uma loja para aumentar vendas, no planejamento de um orçamento para ter um bom resultado de investimento e na determinação de formas eficientes de se comunicar com clientes.
Sherlock Holmes e a arte da dedução
Sherlock Holmes, personagem de Sir Arthur Conan Doyle, em teoria, é o melhor detetive do mundo. Mas, qual é o segredo por trás de sua capacidade de coletar pistas? O uso do raciocínio dedutivo. Holmes se baseava em 3 princípios: a observação, a dedução e o conhecimento. Durante sua saga investigativa, ele seguidamente explicava ao seu companheiro Dr. Watson a importância da observação dos pequenos detalhes.
Com base na análise cuidadosa das pistas e das evidências captadas na cena do crime, Sherlock formulava hipóteses e teorias sobre as vítimas, as circunstâncias do crime e os comportamentos, discernindo, dentre os vários fatos, o que realmente é importante. Depois de coletar as pistas e os dados, ele os colocava lado a lado e os analisava em conjunto. Essa era a forma que Holmes achava de se aproximar do caso com a mente completamente clara, chegando a uma conclusão mais perto do óbvio e verdadeiro.
A lição de negócios com base nessas informações de como Sherlock Holmes conduzia seus casos é clara: busque identificar e organizar os dados para compreendê-los bem. No entanto, quando sua mente estiver cansada, descanse. Assim, você pode facilmente mudar a sua perspectiva e estabelecer relações entre as informações que possui.
Você não precisa ser Sherlock Holmes para usar seus poderes de raciocínio ao montar uma estratégia. Mas, o que sabemos é que, para ter sucesso na estratégia de negócio, você precisa de dados. No programa Data for Strategy, da Sandbox, falamos sobre inteligência de decisão, como se dá esse processo e como podemos usar dados da melhor maneira, entrando a fundo nas disciplinas de BI e Data Science. Tudo para ajudar você a tomar as melhores decisões. Inscreva-se já!