As tendências da educação profissional

 
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Se na década de 80 e em boa parte na de 90 era preciso recorrer a bibliotecas e livros para adquirir um novo conhecimento, os anos 2000 vieram acompanhados do boom da Internet e a digitalização foi o início da ruptura dos modelos tradicionais de ensino.

Agora, as tendências de aprendizagem são muito mais fluídas, dinâmicas e tecnológicas, o que nos leva a formas diferentes de adquirir e utilizar o conhecimento. E isso não se reflete só no ensino formal, nas grades curriculares fundamentais, médias e superiores. O impacto é enorme na forma como profissionais de mercado se atualizam e se reciclam.

Para entender esse cenário mapeamos os principais jeitos que os profissionais contemporâneos estudam e quais as tendências para o futuro pós-pandemia da Covid-19. Confira a seguir:

Aprender, reaprender e desaprender

“Os analfabetos do século 21 não são aqueles que não sabem ler e escrever, mas são aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender”.

A célebre frase do sociólogo e escritor Alvin Toffler ilustra bem o aprendizado no século 21. Hoje, uma criança de 7 anos já possui mais informação em seu córtex cerebral que um imperador no auge do Império Romano. E essa disponibilidade de informação muda toda a dinâmica da sociedade.

Hoje, a média de permanência de um profissional em uma mesma empresa é algo em torno de 2 anos. Estamos em constante mobilidade e já não é raro termos diversas ocupações diferentes ao longo da vida profissional. Por isso, é tão importante a capacidade de aprender coisas novas, desaprender e reaprender aquilo que achávamos que sabíamos, desconstruindo e reconstruindo nossas habilidades para se adequar ao novo formato de vida.

A educação precisa acompanhar essa dinâmica. Em vez de aprender a memorizar fatos e números, precisamos “aprender a aprender como resolver problemas”, por exemplo. Inclusive, quando pensamos no futuro do trabalho, estima-se que 85% das profissões em 2030 sequer existiam em 2019. Por isso aprender habilidades inerentes ao empreendedorismo pode ajudar em uma realidade em que muitas pessoas terão que criar seus próprios empregos ou terão mais probabilidades de serem contratadas autônomas, ao contrário daquele padrão de “emprego seguro para toda a vida”.

A educação deve nos ajudar a sermos flexíveis, em vez de nos forçar a cair em uma caixinha fechada.

Lifelong learning

Por todo esse contexto, talvez uma das tendências mais fortes na educação seja o chamado lifelong learning. No fundo, isso nada mais é do que jamais deixar de aprender. Estar sempre em um processo de aquisição de conhecimento, mesmo fora do ambiente escolar ou acadêmico, já que nossas possibilidades de aprendizados não estão mais restritas a um diploma ou uma sala de aula.

Os profissionais modernos aprendem de forma contínua. Não dependem mais apenas do desenvolvimento de conhecimento por meio de treinamentos, aulas ou cursos extensos, por exemplo. Mas sim um aprendizado regular, constante, diário, de maneiras informais. Tem uma dificuldade em algo específico? Busque uma solução que lhe ajude a resolver aquilo pontualmente. Isso pode ser em um vídeo no YouTube, em um artigo numa revista, em um mini-curso, em mentorias, conversando com alguém que já passou por isso…

Microlearning e self-learning

O conceito de microlearning, que já existia nas universidades com formação modulada, ultrapassou fronteiras e se tornou um grande ingrediente para a capacitação profissional. Trata-se de cursos e formações de curta duração e conteúdos específicos, que promovem a qualificação e especialização em determinado assunto.

É como se as disciplinas de uma grande grade de um curso fossem disponibilizadas, separadamente, para que possamos aprender apenas o que desejamos ou precisamos. É como montar uma rota de aprendizagem personalizada. Podemos definir um objetivo de melhoria de alguma soft ou hard skill e, com base nesse objetivo, ter acesso a conteúdos específicos para a melhoria da skill definida.

É o caso da Planning Academy da Sandbox, onde você informa seus objetivos, habilidades e necessidades e gera uma trilha de aprendizagem personalizada para se desenvolver em assuntos relacionado à estratégia de negócios, de acordo com seu perfil e momento profissional.

Esse conceito de self-learning coloca o poder na mão do aluno e democratiza a institucionalização do ensino, concedendo autonomia para a pessoa escolher o que faz mais sentido para si mesmo. Afinal, o que serve para uma pessoa pode não servir para todo mundo. Os profissionais modernos são aprendizes contínuos, autônomos e que fazem suas próprias escolhas para ter uma experiência pessoal de acordo com suas necessidades e preferências.

E-learning e multicanalidade

O e-learing, todo mundo já sabe, é um conceito onde o aluno aprende pelo intermédio de ferramentas digitais, sejam plataformas ou equipamentos – como um smarthpone ou notebook, por exemplo. Tudo acontece de forma online, podendo ser acessado em qualquer lugar via Internet.

Mas, é importante pontuar que, com tanta informação disponível, não é preciso mais esperar que o conhecimento venha do professor, de forma passiva, onde um interlocutor fala e o outro escuta. O que acontece atualmente é a possibilidade de investigar as coisas por conta própria, buscar fontes diferentes, pontos de vista distintos, olhares múltiplos para um assunto e compor seu pensamento crítico a partir desse processo de descoberta.

Isso pode ser feito atualmente de forma multi-canal e também multi-formato. Podem ser conteúdos disponíveis em vídeos, podcasts, filmes, artigos, blog posts, estudos, notícias, documentários, aulas presenciais ou online, ao vivo ou gravadas, com interatividade ou não, em eventos, palestras, seminários e outra infinidade de possibilidades.

O ensino à distância cresceu especialmente durante a pandemia de Covid-19. Segundo pesquisa da Kantar, entre as novas experiências das pessoas neste período foram:

  • 34% Consultas online

  • 33% C ursos online

  • 29% Softwares de home office

  • 26% Serviços de entretenimento online

  • 21% Assistir lives no celular

Logo, o ensino online cresceu e tende a permanecer. Mas o que ganha força mesmo como tendência pós-pandemia é o ensino híbrido, uma mescla entre experiências ao vivo presenciais e online, extraindo o melhor de cada formato para momentos específicos da jornada de aprendizagem. Uma parte puramente expositiva pode ser feita via e-learning sem nenhum prejuízo. Mas talvez uma experiência mão-na-massa, com feedback real time muitas vezes funcione de maneira presencial.

Mão-na-massa e feedback

O conceito maker, que podemos chamar também de colocar a mão-na-massa, tem a ver com aprendizagem ativa, onde aprendemos o conceito e o colocamos em prática. É aprender fazendo, orientado a atividades e tarefas, não apenas na teoria. Inclusive, muitas organizações já estão deixando de exigir diploma de Ensino Superior, por exemplo, principalmente em áreas de tecnologia. Não que uma graduação não seja importante, mas é muito mais sobre a sua capacidade de colocar em prática o conhecimento adquirido para resolver problemas, do que apenas um aprendizado teórico que nunca foi validado.

Nesse processo é importante receber feedbacks, que vão além do “certo e errado”, do “feito e bem-feito”. É aprender sobre algo por meio da execução e melhorar continuamente a partir de feedbacks estruturados de líderes, professores, mentores, etc., que o estimulem a chegar aos resultados por conta própria, em um processo de descoberta orientada, mas sem retirar a autonomia.

Os feedbacks são importantes no sentido de transformação de comportamento: você pode até ter entendido um conceito numa aula, mas só vai dominá-lo e mudar seu comportamento quando colocar a mão-na-massa e tiver um feedback sobre o trabalho.

Na Sandbox isso acontece por meios dos Sprints e Challenges, em que os alunos recebem desafios hipotéticos ou reais de negócio e devem resolvê-lo ao longo da jornada de aprendizagem, com orientação dos professores. Isso contribui para uma experiência prática e para testar o conhecimento adquirido.

De fato, vivemos em um mundo recheado de informações disponíveis e é preciso usar isso com sabedoria. Até por conta disso, contar com uma curadoria de conteúdo pode ajudar, pois é possível economizar tempo e ter uma garantia de acesso ao que realmente faz sentido para desenvolver as skills que vão levar aos objetivos traçados.

E o processo de aprendizagem está aí para embasar nossas tomadas de decisão e nos capacitar para encararmos os novos desafios que a modernidade nos exige. Autonomia, mão-na-massa, feedbacks, personalização, e-learning… tudo isso compõe a nossa jornada de de lifelong learners, e seguirmos como eternos aprendizes e alunos.


Se você busca seguir esse caminho de aprendizado nos segmentos de Estratégia e Negócios, vai gostar de conhecer a Planning Academy da Sandbox, uma curso de formação que se molda ao seu momento de vida e de carreira. Ou também o Free Pass, uma plataforma de conteúdos e experiências para você acessar quando e onde quiser.

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