Em um mar infinito de conteúdo, como ser relevante nos dias atuais?
Qual é o caminho das pedras que vai ajudar você a ter bons resultados em 2023? Realizamos uma curadoria sobre o que vimos de mais interessante quando se fala em tendências de marketing de conteúdo e redes sociais no mundo e vamos listar os principais insights para você.
Tendências em conteúdo estratégico para 2023 e além
Conteúdo personalizado
Pense na seguinte situação: você entra em um site de eletrônicos para comprar um celular, mas mesmo com essa preferência explícita pelo produto, o que acaba vendo são descontos de TVs e eletrodomésticos. Frustrante, né? Você quer um novo smartphone, não essas outras coisas. É por isso que a personalização da web se torna essencial. Essa ação é possível de ser feita através da obtenção de dados individuais do consumidor, possibilitando fornecer conteúdos personalizáveis, o que torna a experiência de compra muito mais fácil e agradável.
Um exemplo de conteúdo personalizado é o Care/of, site de comércio eletrônico que vende planos de vitaminas e suplementos por assinatura. Eles usam um questionário que ajuda seus clientes a entender quais produtos são adequados para suas preferências, coletando informações relevantes sobre os segmentos de público.
A principal chamada para ação deles é “Faça o teste”. Depois que o visitante do site responde o questionário, recebe recomendações sobre o melhor regime de vitaminas para a sua necessidade. E mesmo que não faça uma compra, o Care/of ainda coleta informações valiosas que ajuda a empresa a executar campanhas de remarketing personalizadas e fazer backup das recomendações que fazem.
Marcas que fazem conteúdos nichados
É fato: se você fala com todo mundo, não fala com ninguém. As campanhas publicitárias e de marketing fazem muito isso, se comunicar em massa, o que não é adequado para todos os produtos ou serviços, pois a marca pode errar o alvo. Afinal, é bom alcançar muitas pessoas, mas é melhor comercializar para um grupo rentável e deixá-lo 100% satisfeito.
Que tal então se concentrar em um elemento do mercado, fazer um subconjunto e colocar todos os seus esforços nele? Isso significa encontrar um nicho para seu produto ou serviço, o chamado marketing de nicho. É aqui que você adota estratégias específicas para falar apenas com seu público nichado, oferecendo algumas vantagens importantes. Para isso, pergunte-se: quem, o quê, quando, onde, por que e como. Daí, você começa a nichar e se tornar especialista nesse recorte de público.
Um dos exemplos mais bem-sucedidos de marketing de nicho é a campanha “underground”. Tudo começou de forma orgânica, com mensageiros de bicicleta e “hipsters” em Portland, bebendo, conversando e divulgando a Pabst Blue Ribbon. A PBR, uma marca de cerveja lager americana vendida pela Pabst Brewing Company, sediada em San Antonio, viu isso e fez seu gerente visitar bares e distribuir brindes (como chaveiros e broches) nesta região. Assim, a PBR começou a patrocinar pequenos eventos como corridas de bicicleta.
A empresa adotou uma abordagem lenta, comedida e discreta. A notícia se espalhou, grupos demográficos semelhantes em outras cidades começaram a fazer as mesmas coisas, e as vendas aumentaram, pois encontrou seu nicho de mercado e ressurgiu “das cinzas”.
Refinamento e definição de parcerias + Economia criadora
A ‘economia criadora’ está crescendo e mudando. À medida que a marca foca em mídias sociais, as empresas precisam encontrar criadores de conteúdo que tenham voz e base de fãs (pequenos ou não). As marcas sempre acreditam ter um grande desafio quando se fala em criar conteúdo que envolva os clientes. É aí que entram os criadores de conteúdo, sejam influenciadores, funcionários, clientes ou até mesmo especialistas em um nicho.
Desde o início da pandemia, a nova cultura em mídias sociais é o conteúdo de valor, e não mais o número de seguidores. E isso é ainda mais impulsionado quando se tem influenciadores e criadores de conteúdo.
A Costa Farms é um exemplo vivo disso. O viveiro fornece plantas domésticas para várias lojas, mas também possui uma loja online. Quando viu que a popular influenciadora de plantas, Mariah Grows, estava grávida, a Costa Farms forneceu plantas gratuitas para decorar o espaço onde seu bebê ficaria.
Veja no InstagramComo os influenciadores adoram compartilhar informações sobre grandes atualizações da vida, como, no caso de Mariah, a chegada de seu baby, essa foi uma grande jogada para garantir uma menção da Costa Farms e se tornar popular no meio.
Vídeo, vídeo e mais vídeo
O vídeo é real e se tornou viral. Um baita case é a popularidade do Instagram Reels, que cresceu exponencialmente. Devido à sua natureza audiovisual, os Reels tendem a obter ainda mais visualizações e engajamentos do que postagens regulares e, quando usado corretamente, é a porta de entrada para o crescimento na plataforma.
A melhor forma de se destacar no Instagram Reels é seguir tendências, como usar um som específico e copiar outros usuários. As tendências se tornam virais na plataforma à medida que diversos usuários participam e trazem visibilidade a ela. Dessa forma, é possível aumentar as chances de atrair espectadores. Veja uma muito viral:
O que pedi x o que recebi
Essa tendência tem sido usada por pessoas para compartilhar histórias de como receberam produtos diferentes do que encomendaram.
Embora vinda de um contexto cômico, é possível usá-la para gerar confiança à marca, mostrando produtos com ótima aparência tanto online quanto real life. Isso pode envolver o compartilhamento de fotos e vídeos de clientes vestindo ou usando os produtos ou pedindo a influenciadores que compartilhem suas experiências. A Asos divulga isso compartilhando Reels de influenciadores, que mostram o que eles pediram no site e como é realmente.
Veja no InstagramConteúdo interativo
No conteúdo interativo, o usuário é incentivado a se envolver com o mesmo, com casos que vão desde a um compartilhamento de perguntas até um webinar ao vivo, usando uma ferramenta, uma calculadora ou um questionário. Esse formato é muito bem aceito pelo público e garante bons resultados, vide dados:
62% dos profissionais de marketing B2B já estão usando conteúdo interativo, segundo DemandGen (empresa gringa que oferece geração de demanda, consultoria de gerenciamento de leads e especialização em automação de marketing).
O conteúdo interativo ganha duas vezes mais engajamento do que o conteúdo estático, de acordo com DemandGen.
43% dos consumidores preferem conteúdo de vídeo interativo em vez de outros tipos de conteúdo de vídeo porque lhes dá a capacidade de decidir quais informações desejam visualizar e quando desejam visualizá-las, segundo MarketingCharts (marca completa que atende empresas por meio de dados, gráficos e análises de marketing).
As calculadoras online são uma ótima forma para gerar engajamento, e, melhor, leads. Elas podem ser divertidas e úteis, com um formato flexível que pode lhe dar uma vantagem sobre os concorrentes quando você identifica uma necessidade. Um bom exemplo é a NerdWallet, a calculadora de hipoteca.
Grandes jogos também, podem gerar engajamento, ajudá-lo a ganhar links da imprensa, criar buzz nas mídias sociais e obter dados relevantes do usuário, sendo um dos poucos formatos que podem atender a vários objetivos com um único conteúdo. O JustPark, quantos anos têm suas reações, é um exemplo de trabalho brilhante ao mostrar jogos relativamente simples que provaram ser um sucesso para seus criadores.
Mapas também são um formato de conteúdo popular. Se pretende visualizar diferentes localizações ou percursos, não existe maneira mais adequada, como é o exemplo de Travel Supermarket, onde o mundo quer ir de férias.
Estratégia de marketing de conteúdo com Inteligência Artificial
Quando se fala em marketing de conteúdo, o primeiro conceito que precisamos entender para compreender a influência da Inteligência Artificial nesse setor é o Big Data – um grande volume de dados gerados e armazenados diariamente. É impossível simplesmente processar por nós mesmos isso, e é exatamente aí que entram as novas tecnologias.
Os usuários querem ter experiências personalizadas. Com a possibilidade que as IAs têm de absorver grandes quantidades de informação, classificá-las e analisá-las, é mais assertivo aos profissionais que criam conteúdo produzir um material realmente direcionado àquele público. A tecnologia ajuda a entender sobre o perfil daquele público.
Lucy, a assistente inteligente da IBM, por exemplo, faz exatamente isso: tem o poder de fazer uma análise profunda com os dados que a epresa possui, encomendou ou licenciou. Daí, é possível fazer qualquer tipo de pergunta, seja qual for a complexidade e ela vai responder.
Criação automatizada de conteúdo
Produzir conteúdo digital de forma automática está se tornando uma realidade repleta de benefícios, como: diminuir tarefas repetitivas, também elimina a entrada manual de dados, evita atrasos e libera tempo da equipe para focar em tarefas criativas.
Uma febre ao redor do mundo, o ChatGPT, chatbot que está sendo negociado com a Microsoft, é um modelo que elabora textos como se fossem criados por humanos. Tendo seu lançamento oficial apenas em dezembro de 2022, já tem mais de 1 milhão de usuários registrados.
Bots de bate-papo como o GPT são alimentados por dados e técnicas de computação para fazer previsões sobre como agrupar palavras de maneira significativa. Eles não apenas exploram vocabulários e informações, como também entendem as palavras no contexto. Isso os ajuda a imitar padrões de fala enquanto despacham um conhecimento enciclopédico.
Gerar receita por meio do marketing de conteúdo
Gerar receita de um público é sempre fundamental. Depois de criar um público fiel por meio de seu marketing de conteúdo, pode-se gerar receita por diversos pontos, como publicidade/patrocínio, conferências e eventos, ofertas de conteúdo premium, doações, vendas de afiliados e assinaturas. Todas elas são fundamentais para gerar conteúdo de valor e atrair o público. Veja alguns exemplos:
A Harley-Davidson Motorcycles tem os seguidores mais leais do mundo. Um dos motivos é sua revista impressa e digital, The Enthusiast, enviada trimestralmente para 650.000 clientes. O CMI, Centro de Mídia Independente – rede internacional formada por produtores e produtoras de informação caracterizada principalmente como de ordem política e social que se autodeclaram livres e independentes de interesses empresariais ou governamentais – privilegiou um modelo de patrocínio em vez de publicidade para a maioria de seus produtos. Isso incluiu relatórios de pesquisa patrocinados, e-books e webinars.
Segundo o Wall Street Journal, o BuzzFeed arrecadou mais de US$ 300 milhões em 2019 apenas com links de afiliados. O “Content Pool” da Red Bull possui milhares de vídeos, fotografias e peças de música para os quais empresas de mídia e produtores de conteúdo podem adquirir dieitos.
CRIE CONTEÚDOS DE RELEVÂNCIA E SAIA À FRENTE DA CONCORRÊNCIA
Mas, afinal, como gerar conteúdo de valor e se tornar referência no segmento? Essa pode ser uma pergunta difícil de ser respondida, mas é super possível de fazer. Resumindo, gerar conteúdo relevante não é produzir muito ou saber tudo, mas seguir por uma abordagem interessante, atrativa e de valor para sua persona ou seu cliente.
O primeiro passo na sua estratégia para criar conteúdo que agregue valor é pensar no que é relevante para quem faz parte do seu público-alvo. Depois disso, já é possível colocar em prática assuntos que chamem a atenção e que, de fato, se convertam em resultados importantes de negócio, seja vendas, engajamento, geração de leads ou awareness de marca.
Ah, e lembre-se sempre de andar com as tendências estratégias embaixo do braço para acertar nos conteúdos.
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