Estratégia invisível: o primeiro episódio do podcast Sinapse da Sandbox

A Sandbox estreou no mundo dos podcasts. Agora podemos dizer que fomos além das linhas escritas de nosso blog, da curadoria de conteúdo das newsletters, das artes criativas das redes sociais e das aulas repletas de conteúdo, e estamos divulgando todo o nosso conhecimento e o nosso trabalho no universo das ondas sonoras. É mais um canal de conhecimento e novidades disponível para levar informações de forma descontraída para além das salas de aula, apresentado por Felipe Senise e Daniel de Tomazo, sócios da Sandbox.

Em nossa estreia do Sinapse, no Spotify, inauguramos uma trilogia sobre o tema central da nossa conversa semanal. A nossa estrela principal de todas as semanas será a estratégia. O podcast em si e o primeiro capítulo destaca a principal característica, do ponto de vista da natureza da disciplina, sobre a estratégia: ela é algo invisível e puramente cognitivo.

Nessa conversa tentando entender, do ponto de vista estratégico – e para além das análises óbvias – por que ela é invisível. Quer saber a resposta? Continue a leitura para ativar todos os pontos do seu cérebro e conferir um pouco mais sobre esse assunto que tem tudo a ver com o dia a dia dos negócios. Ah, aqui é só uma pequena dose. Se você quer conferir tudo, acessa aqui e ouça agora o nosso podcast, ok?

 

Aprenda a navegar nas ondas da estratégia invisível

A estratégia é invisível, você vê algum movimento e sabe que ela está por ali. Mas a boa notícia é que dá para aprender a enxergá-la cada vez melhor. Até porque se você não entende isso como ponto principal da questão, a chance de não navegar nessa história chamada estratégia é grande.

Falar em estratégias é lembrar das 10 Escolas Estratégicas. Mais especificamente, na visão de Daniel de Tomazo, sobre a Escola Cognitiva (você pode conhecer todas lendo oo blog post sobre o Safari da Estratégia), que define a estratégia  como um processo mental. Por que essa escola? Ao longo da vida, vemos muita gente que parece que entende o que a gente fala e outras que não sacam ou enxergam onde está a estratégia do negócio.

É preciso treinar a cabeça para enxergá-la, não se prendendo às coisas que somente “parecem” estratégias. Por exemplo: quando a gente faz um planejamento, ele é importante, tem valor, objetivos, metas e de alguma maneira tenta refletir a estratégia, mostrar quais foram as escolhas feitas, qual caminho seguir, onde se quer chegar. Tentando colocar no papel coisas que estão somente no pensamento. A estratégia está ali, no mundo da imaginação e a gente precisa navegar nessa onda invisível para conseguir compreendê-la.

 

Estratégia tem a ver com lógica

Antes do cognitivo, a estratégia tem a ver com a lógica. Até porque ela não é nada além disso. É uma lógica que vai determinar como você vai atuar. É a manifestação de uma lógica maior. Mas é preciso tomar muito cuidado: é um perigo interpretar a estratégia como algo concreto e não como lógica. Porque daí você se restringe a pouca coisa.

Para explicar, nada melhor do que uma metáfora, né? Aí vai: no jogo de poker, quando você está assistindo na TV, tem a câmera que mostra todos os ângulos, como se você visse o jogo todo. Mas na verdade, você vê a manifestação da estratégia que está rolando. Você vê o blefe, as cartas, as jogadas, mas não enxerga a estratégia, porque ela é uma coisa abstrata. 

A capacidade de entender coisas que não existem está atrelada ao fato de que elas são explicadas através de palavras, conceitos, discussões. É aí que elas podem ser reais. Ou seja, a estratégia surge por meio de uma lógica, depois vai seguir a linha da linguagem, onde ela será esclarecida em palavras.

 

Se a estratégia é invisível, a manifestação imediata é a linguagem

A estratégia é invisível, mas dá pra aprender a enxergar, porque dá pra aprender a falar. A linguagem é uma consequência meio óbvia de tudo isso. Se a estratégia é invisível e uma lógica cognitiva, por consequência, a manifestação imediata dela só vai acontecer no campo da linguagem. Não há outra demonstração fora disso em um primeiro momento. 

À medida que tentamos dominar a estratégia sem a linguagem, grande parte das coisas falham, dos  desentendimentos, das más compreensões, enfim. A estratégia tem a capacidade de se disseminar em um ambiente por meio da linguagem, que vai tratar da importância desse entendimento além do invisível.

 

Clareza: a base de tudo

Impactar as pessoas, lacrar, repercutir: previamente a isso, é preciso investir na clareza. Antes de comunicar as suas ideias por meio da linguagem, busque a clareza. Se você conquistar esse entendimento, tenha certeza de que já trilhou meia estrada dessa caminhada chamada estratégia.

Quando a estratégia é bem disseminada, clara e real, há muito mais chances de o processo dar certo. Afinal, de nada adianta privilegiar a estética, a formação daquela estratégia em um PPT bonito, por exemplo, sendo que cada pessoa é diferente e a interpreta de um jeito. A frase fica bonita, o texto fica legal, mas ninguém entendeu nada do que, de fato, ela é. O foco é: muito mais clareza do que estética. Não passe por cima e vá para o mais difícil. Faça o básico bem feito e com clareza e enxergue a estratégia assim como todos vão poder ver.

 

Luz, câmera, ação: estratégia na prática 

Entender que a estratégia é invisível, cognitiva e apresentada em linguagem é saudável, porque você vai ter capacidade de lidar com as demandas. Mas, existe o risco de flutuar, não ter o pé no chão nesse processo. Na realidade, falar muita coisa é legal, mas nem sempre tudo funciona na prática. Há um espaço entre a abstração e a ação. É na hora de executar para finalizar esse processo. E aqui, tem um risco grande que o estrategista corre quando tira o pé da realidade e não pensa na outra etapa depois da linguagem, que é a execução. 

É um fato: a gente aprende a estratégia a partir da execução. Pode falar o que quiser na linguagem, mas na prática, é uma lógica a partir daquilo que foi pensado e planejado. É a execução que vai dizer se a linguagem foi ou não seguida. Primeiro o foco é no pensamento, depois é momento de materializá-la na linguagem, depois vem a ação.  A teoria é ótima, mas é a prática que vai dizer se tudo vai dar certo ou não. 

A dica é: diminuir o intervalo em que você pa ssa pensando e praticando. Os processos para fazer estratégia não cabem na vida real. É preciso pensar mais em técnicas, ferramentas que você aplica em momentos. Alinhar a lógica e já aplicar a estratégia é o ideal.


Quer conferir mais sobre essas obras pela fala dos fundadores do podcast, além de muitos outros detalhes sobre a estratégia invisível e o processo para enxergá-la e fazê-la dar certo? Clica aqui e vem escutar na íntegra o Sinapse, com 50 minutos de muito aprendizado, informação, conhecimento e cases em um bate-papo feito de forma divertida e descontraída.

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