Conheça os tipos de aprendizagem e saiba identificar o seu estilo

Cada pessoa tem uma forma diferente de aprender, processar informação ou assimilar um conhecimento, isso de acordo com suas skills. Tem gente que é mais visual, outros vão para um lado mais auditivo, tem quem ame o formato cinestésico, no entanto outros são mais teóricos. Isso não é bom nem mau, apenas nos mostra que a forma de aprender é única. Mas que, ao mesmo tempo, entender pode potencializar a forma como aprendemos as coisas.

E como fazer isso? Bem-vindo aos diferentes modos de aprender e suas dificuldades (e oportunidades), mais conhecido como tipos de aprendizagem. Dentre as teorias e formas de explicar os estilos de aprendizagem, elencamos os métodos VARK e de Kolb.

A TEORIA DE VARK

Desenvolvido pelo professor neozelandês Neil Fleming, o Método de Vark destaca que a aprendizagem acontece por meio de cinco skills: auditiva, visual, cinestésica, leitura e escrita e multimodal (duas ou mais destas habilidades juntas). Veja as características desses estilos de aprendizagem.

Visual: este perfil tem mais facilidade de aprendizado com estímulos visuais: gráficos, tabelas, mapas mentais, listas, ajudando a assimilar os conteúdos. Além da aprendizagem, essa pessoa costuma se comunicar melhor de forma gráfica, fazendo desenhos e mapas para transmitir ideias.

Auditivo: esse perfil tem facilidade de aprendizagem ao ouvir aulas expositivas, palestras, podcasts, músicas e conversas. Além de escutar, fazer leitura em voz alta e participar de debates, é uma forma de fixar os conteúdos estudados. As pessoas costumam falar, perguntar e repetir informações para memorizá-las, expondo suas ideias antes de passá-las por reflexões.

Leitura e Escrita: um perfil com maior facilidade na leitura e em transmitir suas ideias em redações. Neste estilo, a aprendizagem é favorecida por meio de artigos, manuais, relatórios e ensaios, onde as pessoas costumam fazer anotações, planos e esquemas para lembrar.

Cinestésico: uma pessoa com facilidade de aprender com a prática. Atividades concretas, como simulações, demonstrações, dinâmicas e métodos lúdicos são estratégias que agradam estes indivíduos, o que tende a valorizar mais suas experiências próprias.

A TEORIA DE KOLB

Desenvolvida pelo professor David Kolb em 1984, essa teoria destaca que os adultos possuem diferentes estilos de aprendizagem, influenciados pela forma que percebem e processam a realidade. Há indivíduos que captam a realidade por meio da experiência e outros com teorias. Com relação à maneira de captar a informação, alguns processam se põem mãos à obra (ação) e outros, se refletem sobre o que observam (pensamento). Essas características definem os eixos das formas de aprender e dos quatro estilos:

Adaptadores − ou ‘fazedores’: a pergunta-chave que precisam responder é “quando?”. São pessoas que dificilmente lerão manuais, sendo resultado da multiplicidade e da ação. Por isso, optam por trabalhar rodeadas de indivíduos, dando um jeito de conseguir recursos e alcançar resultados. Gostam de assumir riscos e sabem se adaptar às circunstâncias.

Assimiladores − ou especialistas na conceitualização: oposto aos adaptadores, são pessoas que criam modelos teóricos, definindo os problemas. Têm mais interesse pelas ideias abstratas, por isso, não é de estranhar que se destaquem no campo da matemática ou das ciências. A pergunta-chave que precisam responder é “por quê?”.

Divergentes − ou os reis das 1.001 ideias criativas: a pergunta-chave que precisam responder é “e se…?” ou “por que não?. As pessoas aqui gostam de analisar os problemas em seu conjunto e de trabalhar com pessoas. São empáticas, emocionais e espirituosas. Não é de estranhar que lancem uma sucessão interminável de propostas diferenciadas em uma reunião.

Convergentes − ou o poder da dedicação a uma só coisa: o contrário dos divergentes. Precisam da aplicação prática das ideias para testar teorias ou resolver problemas. Perdem-se com alternativas variadas, mas são excepcionais em situações onde há um único caminho para resolução. A pergunta-chave que precisam responder é “para quê?”.

 

QUAL É O SEU estilo de aprendizagem?

Não há dúvida: todos temos um estilo de aprendizagem que nos define mais. Mas, para nos desenvolvermos melhor pessoal e profissionalmente, é importante contar com pessoas que nos complementam. Por exemplo: você é daqueles que não lê manuais? Então, fique ao lado de quem gosta (e vice-versa). Porque, a partir daí, é possível identificar uma maneira distinta de processar a realidade, que pode ajudar a melhorar e a superar a si mesmo em todos os âmbitos da vida.

Descobrir a sua forma ideal de retenção de conhecimento é muito conveniente. Você pode desenvolver estratégias de aprendizagem conforme o seu tipo para fazer suas sessões de estudo renderem. Investir em diferentes estilos de aprendizagem ajuda a garantir um aprendizado mais completo.

Howard Gardner, psicólogo, foi atrás para investigar o comportamento das pessoas em relação à aprendizagem com o objetivo de pontuar qual é a sua principal forma de inteligência. A maneira como você interage com gráficos, operações matemáticas, textos, atividades, idiomas, entre outros, evidencia quais você acha mais fácil e quais tem dificuldade de compreender.  Consequentemente, também são esclarecidos os melhores métodos de ensino para o seu processo de aprendizagem.

Mas é bom sempre lembrar que todo mundo tem um pouco de cada um desses tipos de aprendizagem, embora um deles se destaque mais. O importante é colocar em prática no dia a dia para saber exatamente quais pontos você se dá melhor, e quais você “derrapa”, para assim saber em que áreas se aperfeiçoar e onde você pode crescer mais.

Além disso, a combinação dos tipos de aprendizagem pode compor o seu jeito particular de absorver conteúdos. Neste caso, realizar uma autoanálise para detectar as habilidades que existem em você é o caminho mais indicado para tomar decisões acertadas. Essa é a melhor maneira de aproveitar todos esses tipos de aprendizagem da melhor forma, alcançando resultados positivos em seu processo de aprendizagem e no dia a dia da sua organização.

Por fim, dê uma olhada em cada um e pergunte-se: você acha todos atraentes? Existe um (ou mais) que prefere acima dos outros? Talvez você tenha suas próprias técnicas de aprendizado que não são cobertas por nenhum dos estilos. Afinal, já dizia Jarrett “a aprendizagem é melhorada combinando diferentes atividades – como desenhar ao lado de um estudo mais passivo”.


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