As habilidades do estrategista do futuro

O foco de qualquer profissional é crescer, evoluir e ter uma carreira de sucesso. E quanto mais imprevisível o mundo, mais nos apoiamos em evidências que nos ajudam a refletir sobre o que está acontecendo e, assim, buscar aprimoramento naquilo que mais importa. 

Pesquisas apontam que até 2025 serão criadas 97 milhões de vagas por conta da automação, na medida em que outras 85 milhões serão extintas. Se a coisa está mudando tão radicalmente, é preciso entender para onde ir. 

Nesse sentido, mais do que refletir sobre que habilidades são necessárias, é preciso pensar na sua própria ideia de carreira profissional e como ela vai ser em alguns anos. Porque, igual, certamente não vai ser. E isso faz mais sentido ainda para quem trabalha com estratégia, já que é uma área generalista que tende a capitanear muitos desses movimentos e se adaptar às novas realidades, como têm acontecido nas últimas décadas.

Então ficam as dúvidas mais que legítimas: Quais são as habilidades para a estratégia do futuro? Em que é preciso ser bom? 

Pensando em trabalho, todas as atividades já existentes, como pensamento analítico, pensamento crítico, raciocínio lógico, mindset de crescimento, criatividade, análise de dados, pensamento adaptativo, inovação, storytelling e tudo o que mais se sabe já faz parte da realidade e será ainda mais valioso. Tem muitas coisas pra fazer.

Olhando pra carreira, voltamos às habilidades. É uma escalada corporativa. E, cada vez mais, é preciso pensar que você necessita de um conjunto de habilidades para navegar por um mar muito maior, levar essas habilidades para empresas, oportunidades, contextos, muito diferentes do que até então se vê.

Estima-se que 40% dos profissionais vão mudar o rumo da carreira nos próximos cinco anos. Refazer skills, reconstruir caminhos. Todo mundo vai precisar ter skills bem desenvolvidas para se dar bem no mercado e é sobre elas que vamos falar aqui.

 

AS SKILLS NECESSÁRIAS PARA O ESTRATEGISTA DO FUTURO

Mas, afinal, quais são as habilidades mais valorizadas no mercado? Estes atributos individuais são importantes para qualquer área profissional, e isso não é diferente para os estrategistas. Entre as tantas existentes, separamos as 10 skills mais essenciais de acordo com uma série de pesquisas e instituições como o Fórum Econômico Mundial, Linkedin, NTUC, QS Global Employer e outros.

 

Adaptabilidade, aprendizagem e flexibilidade cognitiva

A adaptabilidade pode ser considerada o carro-chefe para quem busca prosperar no futuro do trabalho. À medida que as tecnologias evoluem, os profissionais repensam seus desejos e os clientes aumentam suas expectativas. Isso, somado à pandemia, que interrompeu rotinas e trouxe um novo normal para a nossa vida pessoal e profissional, fez com que os líderes pensassem sobre o futuro e um conjunto de habilidades diferentes.

Pense com a gente: você se acha flexível e disposto a aprender? Aceita mudanças no ambiente corporativo de forma positiva? É capaz de lidar com diferentes situações de trabalho e experimentar coisas novas? O profissional que dá positivo para essas questões está imerso na adaptabilidade no mundo do trabalho, uma das habilidades mais procuradas pelos gestores.

Quem se adapta às mudanças de forma fácil e rápida são motivados, criativos, animados, líderes. Neste caso, por exemplo, a adaptabilidade pode ser vista na capacidade do profissional em integrar um projeto, entregar um produto de qualidade no melhor tempo ou dar ideias que agreguem valor para a conquista de resultados.

Isso demonstra que ela é necessária, porque acompanha as novas tecnologias e auxilia com facilidade na hora de competir com os principais concorrentes do segmento. É sobre ser flexível e capaz de mudar para ter sucesso, é aprender e gerar conhecimento. Por exemplo: um profissional que aprende rápido sabe se adaptar ao cargo e ao ambiente de trabalho.

Resumindo, estimular habilidades de adaptabilidade, tentando coisas novas e desafiando sua capacidade de resolver problemas, pode ser o empurrão que falta para se diferenciar no mercado, conquistar o emprego dos sonhos ou ganhar um cargo de liderança.

 

Pensamento crítico e analítico

O pensamento crítico é uma habilidade que faz o profissional pensar com clareza e racionalidade, tudo de forma independente. Esse cenário traz a possibilidade de compreender a conexão lógica entre as ideias, assim o estrategista não aceitará explicações simplistas logo de cara. É uma skill que nos faz chegar a conclusões e decisões sóbrias, sem envolver emoções.

Quando o assunto é perfil analítico, entra em cena a capacidade de avaliar e trabalhar com dados e informações. Um profissional analítico está relacionado ao comportamento em si e na análise de contextos. Isso faz com que ele pare para pesar os prós e contras de cada situação, nas decisõ es mais lógicas e nos pensamentos de forma ampla, tanto para a vida pessoal como profissional.

 

Solução de problemas complexos

Segundo a Global Talent Trends, pesquisa do LinkedIn, a capacidade para resolver problemas é uma das soft skills mais valorizadas atualmente. Ou seja, é um ponto-chave para estrategistas que buscam sucesso no futuro. O destaque se deve em razão de o cotidiano das empresas exigirem cada vez mais autonomia, criatividade e resiliência.

Ser um profissional procurado, visto como referência, que tem bagagem profissional e jogo de cintura na hora de buscar soluções diante de problemas complexos é um diferencial. Além disso, esse tipo de habilidade requer observação e atenção a detalhes e elevado nível de raciocínio lógico e capacidade de analisar situações.

Com o cenário atual, de incertezas devido à pandemia, as empresas buscam adequar seu planejamento a períodos mais curtos. Por isso, estrategistas capazes de reagir de forma rápida diante disso têm sido cada vez mais procurados. Lembrando que a capacidade de resolver demandas de forma assertiva está diretamente ligada à inteligência emocional.

 

Inteligência emocional

Segundo um estudo da Talent Smart, 90% dos profissionais com melhor desempenho têm altos níveis de inteligência emocional. Isso significa que essa skill se tornou essencial para o currículo dos profissionais e requisito básico para quem recruta também. Cada vez mais, empresas vêm contratando colaboradores que se adaptam a esse fator e desenvolvem essa habilidade dentro das próprias organizações, visando auxiliar na carreira de sucesso de seu profissional e, ao mesmo tempo, atingir ótimos resultados internamente.

O termo define-se como “a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e dos outros, de nos motivarmos e gerirmos os impulsos dentro de nós e em nossos relacionamentos”. Daniel Goleman, pai da inteligência emocional, destaca que ela é importante e pode definir e auxiliar no sucesso pessoal e profissional de pessoas e até mesmo de organizações.

Gerir emoções é essencial, pois não há genética que faça um indivíduo já nascer fadado ao fracasso ou ao sucesso. Esse conjunto de competências promove diminuição dos níveis de ansiedade e estresse, empatia ao próximo, equilíbrio pessoal, clareza em objetivos, capacidade em tomar decisão, boa gestão de tempo, autoconfiança, autoestima elevada, e assim por diante. Além disso, é possível aprender e desenvolver inteligência emocional por meio de exercícios rotineiros.

A inteligência emocional pode circular por variados âmbitos e destacar diversas características e qualidades, que variam de uma pessoa para outra e de um profissional para outro. É um trabalho individual descobrir o que ela representa e como integrá-la em sua vida. Neste ciclo, é importante reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, que se misturam com os sentimentos alheios, uma vez que não basta apenas saber lidar com si próprio e seus problemas, mas também entender o outro ser humano e como ele lida com as situações.

 

Criatividade

Vivemos na era da criatividade. Dentro dessa lógica, uma pessoa criativa tende a se destacar Esse é um elemento primordial do conjunto de habilidades. O mercado de trabalho se abre cada vez mais para quem tem essa capacidade, sem contar na facilidade em alcançar as metas propostas no plano de carreira.

Todo profissional criativo é, antes de tudo, curioso. Ao se deparar com os desafios do ambiente, a primeira coisa que ele fará são perguntas. Por isso, questionar o que está acontecendo é essencial, antes de tudo, para se tornar criativo depois. Após observar o processo por trás de um desafio, é hora de questionar porque acontece daquela maneira. Assim, estimulando a criatividade e se adaptando à profissão de estrategista do futuro, que necessita e muito desta habilidade.

 

Comunicação

Fundamental em qualquer âmbito social, profissional ou empresarial, essa skill é a cara do estrategista do futuro de sucesso. A comunicação é extremamente importante, tanto falada, quanto escrita. O ato de saber ouvir e se comunicar permite organizar melhor os pensamentos, além de compartilhar e absorver melhor as informações.

No ambiente de trabalho, essa habilidade abre muitas portas para a carreira e o relacionamento com as pessoas. Uma capacidade que pode ser desenvolvida diariamente e aprimorada junto às demais skills.

 

Computational Thinking

Traduzida como pensamento computacional, é uma habilidade que consiste em resolver problemas, desenhar sistemas e entender o comportamento humano com base em dados da computação. Desenvolver essa skill é fundamental, especialmente para o futuro do estrategista, já que ele se tornará capaz de interpretar informações e traduzi-las de forma sistêmica.

Além disso, por meio do computational thinking, é possível ter maior domínio sobre as novas tecnologias e automação de tarefas, o que contribui para o desenvolvimento de outras habilidades.

Pode ser trabalhado de diversas formas, permitindo aprimorar habilidades técnicas e competências pessoais, baseadas em aptidões mentais, emocionais e sociais, e que são realizadas por meio de skills como criatividade, trabalho em equipe e colaboração.

 

Storytelling

Como transmitir a estratégia para que todos possam se manter engajados dentro da empresa? Um dos pontos é exatamente contar uma história. Porque as pessoas têm dificuldade para lembrar de fatos e números, mas facilidade em lembrar de histórias e seus significados.

Outra questão que faz todo sentido para a comunicação seja de fato eficaz é não sair contando uma história de qualquer maneira, mas sim posta dentro de uma estrutura narrativa. Apesar de existirem inúmeras estruturas já criadas e mapeadas, três pontos ganham destaque: inspirar, educar e reforçar.

Inspirar porque a mensagem deve transmitir o progresso, avanço, benefício que está sendo gerado ou alcançado por meio da estratégia. Educar explicando de forma detalhada, e de preferência em pequenos grupos. E reforçar para aumentar a absorção e não cair no esquecimento. É importante incorporar a ideia de que comunicar estratégia e pensamentos abstratos é uma tarefa muito difícil – e o domínio das técnicas de storytelling é talvez o caminho mais curto e eficaz para lidar com isso.

Existem muitas pesquisas explorando a questão do porquê gostamos de histórias. Mas o fato é que gostamos disso e devemos trabalhar para contar histórias e criar narrativas quando for necessário, seja para vender algo essencialmente, ou apresentar uma ideia, projeto etc.

 

Trabalho em Equipe

É impossível imaginar uma empresa onde setores e funções não dependam uns dos outros. Para os estrategistas do futuro, isso não será diferente. Mas para que tudo isso funcione, o trabalho em equipe é uma habilidade mais do que essencial.

Uma das principais características procuradas no mercado é saber trabalhar em equipe. Essa capacidade é bastante benéfica às empresas, pois permite que as tarefas sejam cumpridas com rapidez e eficiência, além de estimular o aprimoramento das habilidades de cada profissional.

A interação do time também agrega valor ao serviço e gera confiança entre os colaboradores, o que proporciona um ambiente saudável, positivo e produtivo. Todos se sentem motivados e preparados para assumir desafios.

 

Liderança, negociação e influência social

Umas das principais skills necessárias para um estrategista do futuro é a liderança, que, além de tudo, é muito valorizada no mercado. Ela pode ser considerada a junção de todas as outras habilidades, como comunicação, inteligência emocional, adaptabilidade, resiliência, etc. Através dessa skill, o profissional pode assumir maiores responsabilidades e explorar o melhor de cada pessoa ou situação, colocando em prática sua independência, proatividade e resiliência.

Para desenvolver um perfil de liderança e influência, é importante colocar em prática algumas ações imediatas, pensadas estrategicamente com o objetivo de evitar mudanças que podem confundir os outros profissionais. Além disso, é preciso aliar um plano de ações que leve em conta a organização do fluxo de processos, comunicação eficiente, a gestão de crises e o treinamento de equipe. Desenvolver esse tipo de perfil garante que todos os processos fluam com naturalidade e eficiência.


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