As dimensões de uma boa ideia

Ideia, no dicionário, significa “representação mental de algo concreto, abstrato ou quimérico; conhecimento, informação, noção”. Mas, na prática, é muito mais do que isso. Afinal, não é algo simples de se conseguir. Principalmente quando elas são classificadas como grandes ou boas ideias.

Como ter ideias inovadoras e originais e pensar em maneiras novas de expô-las? Como gerar ideias de valor, que façam sentido e que sejam bem utilizadas? Esses questionamentos intrigam as pessoas há milhares de anos. Por vários motivos e contextos, a criatividade sempre foi uma habilidade admirada, essencial para o sucesso e a sobrevivência da humanidade. No contexto empresarial, ter ideias inovadoras pode ser um diferencial para conseguir se destacar no mercado ou colocar aquela marca/empresa em outro patamar.

 

A bússola para uma boa ideia é pensar em grupo

Primeiramente, é fundamental lembrar que a ideia é o carro-chefe para um estrategista, uma vez que a estratégia não pode andar longe da execução, além de ser a responsável por criar algum tipo de efeito.

A primeira coisa a lembrar é que a criatividade é uma coisa de grupo. Quer dizer: a gente sempre acha que criatividade é uma coisa de gênio, que ela só vai surgir de alguém que é muito criativo. Ao natural, o nosso pensamento analisa a ideia como uma coisa isolada – por exemplo, uma pessoa se torna criativa ou exerce a sua criatividade. Mas, cada vez mais, é necessário pensar em ambientes criativos, porque, ao trabalharmos em grupos, resolvem-se problemas em conjunto.

A prova é uma pesquisa da Universidade de Kellogg. A instituição fez um estudo onde analisou uma base de dados de milhões de papers acadêmicos e patentes nos EUA – em torno de 20 milhões. Analisando cada ficha técnica e quantas foram citadas, percebeu-se alguns pontos importantes: a primeira questão vista foi que cada técnica crescia 20% quando havia mais de um escritor. O segundo momento que chamou atenção foi que, em uma “luta” onde um paper tinha somente um autor versus um com vários autores, o que tinha mais autores contestava 2x mais chance de ser citado.

Mas o que é interessante em tudo isso? O que isso tem a ver com ideia? Bom, se pensarmos em criatividade em grupo, além de uma coisa de gênio e também na situação na relação acadêmica, é contra intuitivo – afinal Einstein, por exemplo, fez tudo o que fez sozinho. Mas, na geração atual, cada vez menos isso está acontecendo. A fórmula ideal são pessoas diferentes respondendo perguntas juntos, porque os problemas que sobraram pra resolver são mais complexos e, consequentemente, precisam de mais mentes pensantes e conhecimentos variados para agregar.

A matemática já resolveu seus problemas, a biologia já resolveu os problemas de biologia, a ciência já resolveu os problemas do nicho, e assim por diante. Assuntos do mesmo nicho já foram resolvidos. Hoje, as perguntas interessantes englobam todos esses universos, juntos, que ficam em uma zona cinza. E não conseguimos encontrar uma pessoa que é especialista em todos os segmentos. São vários profissionais que interagem entre si para resolver um mesmo problema, com pontos de vista diferentes. É uma diversidade necessária para chegar nessa resposta ou nesse lugar interessante. Isso funciona muito para o universo de marketing e dos negócios, porque as campanhas de 10 anos atrás eram muito mais fáceis do que as de hoje. As soluções que precisam ser entregues atualmente são muito mais complexas e, para consegui-las, é necessário juntar esforços.

A Universidade de Cincinnati também realizou um estudo, em que destacou alguns motivos de por que grupos são melhores para gerar melhores ideias e soluções. A instituição compartilhou habilidades que são praticamente impossíveis de serem conquistadas sozinhas, diante disso, deduziu-se que uma pessoa que sabe muito, sabe menos do que um grupo de pessoas pensando junto. Uma pessoa fala algo que inspira a outra, que inspira a outra, e inspira a outra, e aí por diante. E, assim, é possível chegar em conjunto à solução final.

Se uma pessoa pensa sozinha em uma estratégia e fala para todos que eles devem implementar, há menos chances de dar certo do que se for uma ideia pensada em conjunto. É preciso entender a criatividade como algo de grupo e usar isso a favor.

 

A ideia é uma jornada de criatividade

Uma ideia não é um dom. Do contrário, é um caminho que se trilha para chegar até o ponto de conseguir gerá-la. Geralmente, esse caminho se chama processo criativo. E ele não é linear. É uma bagunça, mas, ao final, termina em algum lugar. Existem zilhões de definições sobre processos criativos, mas os que mais nos ajudam a pensar podem ser divididos em quatro etapas:

  1. Repertório: aqui é uma associação de ideias que já existem, então, é necessário um repertório. As ideias só acontecem se você for alimentado por elas – ler, estudar, enxergar e ver coisas diferentes. Aí, é possível alimentar-se e dar referências.

  2. Experimentação: a partir daí, é possível experimentar todas as ideias. Por exemplo, a caixa misteriosa do Masterchef – que tem ingredientes diferentes que nos fazem pensar em como combinar tudo aquilo e assim começam a surgir ideias. É possível saber onde se está chegando ao experimentar.

  3. Click: a experimentação é um processo de tentativa e erro, mas, chega uma hora em que surge o famoso CLICK e você percebe que tem algo interessante.

  4. Lapidação: depois do click, é hora de jogar tudo fora e começar a reconstruir a partir disso. Você divide, joga fora, vê se faz sentido. Passa por todo o processo.

Nesses quatro pontos, um bom estrategista irá orquestrar tudo isso, entender os momentos. Mas, é preciso ter sensibilidade e capacidade de orquestrar. Aqui, entendemos que há vários jeitos diferentes de fazer a ideia rolar por meio de uma jornada em grupo.

Crazy 8S: um ótimo jeito de gerar boas ideias

O Crazy 8S é um jeito encaixotado e superamericano que ajuda a gerar boas ideias. O ponto aqui é: o brainstorm é a ferramenta mais usada para gerar ideias. É juntar, rabiscar e ver o que vem de ideia para chegar a uma solução. Uma técnica muito boa e muito usada. Mas o problema é que aqui o trabalho é só, é único.

É nesse momento que entra em cena o Crazy 8S: trabalhar individualmente, só que em grupo, onde se cria um trabalho que possui inteligências diferentes, mas sua dinâmica é individual. Todos juntos pensando, mas cada um fazendo suas anotações sozinho. Na hora de gerar ideias, é necessário se sentar por alguns minutos e rabiscar soluções. O Crazy indica que deve-se pegar uma folha de papel e, com as primeira ideias, é obrigatório criar 8 variações – jeitos diferentes de fazer e praticar. Por fim, surge o esboço da solução, que proporciona alguns minutos para pen sar nos detalhes.

Aqui, pratica-se as quatro etapas citadas lá em cima, em um ambiente com várias pessoas pensantes, mas com criações individuais. Por fim, se tem diversas opções e chega-se a ideias concretas, demonstrando assim que quando o insight é mais específico, o processo se torna mais forte e a solução é mais clara.

 

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