As diferentes perspectivas da criatividade

Criatividade costuma ser tratada como um mistério. Algo que algumas pessoas “têm” e outras não. Um talento raro, quase mágico, que aparece de forma imprevisível e desaparece sob pressão. Essa narrativa é sedutora — e profundamente limitada. Ela simplifica demais um fenômeno que, na prática, é muito mais complexo, estruturado e interessante.

Foi justamente essa simplificação que Evandro Malgueiro desmontou em sua palestra no Sandbox Lab 2025. Artista visual, arte-educador e agitador cultural, Evandro construiu sua trajetória explorando a interseção entre prática artística, processos criativos e ambientes organizacionais. À frente da Casa Locomotiva, espaço dedicado ao impulsionamento artístico, à educação e à inovação, ele atua há anos ajudando pessoas e empresas a criarem não “ideias melhores”, mas condições melhores para que ideias aconteçam.

A partir dessa provocação, a criatividade deixa de ser vista como um lampejo individual e passa a ser entendida como um sistema. Um sistema que não surge do nada, mas emerge de condições específicas: tensões bem colocadas, espaços abertos na medida certa, estímulos simbólicos, perceptivos, emocionais e culturais que se combinam ao longo do tempo. Criatividade não é um evento isolado. É um processo contínuo. E, mais do que isso, é um arranjo delicado entre múltiplos fatores.

Esse sistema envolve o indivíduo, mas vai muito além dele. Envolve a forma como os problemas são apresentados, o tipo de perguntas que são feitas, o ambiente psicológico em que as pessoas trabalham, o repertório cultural disponível e, por fim, os mecanismos que validam — ou rejeitam — novas ideias no mundo real. Ignorar qualquer uma dessas dimensões é reduzir a criatividade a um truque, uma técnica ou um talento raro.

Ao longo do texto, vamos explorar diferentes perspectivas sobre a criatividade — da psicanálise à psicologia da arte, da Gestalt às teorias contemporâneas da inovação — não para definir um modelo único, mas para mostrar como essas visões se complementam. Juntas, elas revelam algo essencial: criatividade não é controle absoluto nem liberdade total. Ela nasce no equilíbrio delicado entre direção e abertura.

Criar, no fim das contas, não é forçar soluções. É desenhar condições para que algo novo possa acontecer.

A perspectiva psicanalítica

A psicanálise oferece um primeiro deslocamento importante: a criatividade não nasce da razão, mas do inconsciente. Antes de qualquer ideia “bem formulada”, existem imagens difusas, associações livres, fantasias, devaneios e impulsos simbólicos. A criação começa antes da explicação.

Isso ajuda a entender por que tantas boas ideias surgem longe da mesa de trabalho. No banho. Caminhando. Dirigindo. Dormindo mal. Não porque o cérebro “relaxou”, mas porque, nesses momentos, o controle racional diminui e o pensamento simbólico ganha espaço. O inconsciente passa a operar sem ser imediatamente censurado.

Criar, nessa perspectiva, não é decidir racionalmente o que pensar. É permitir que algo emerja antes de ser organizado. Por isso, a noção de incubação é central: ideias precisam de tempo para se formar fora do campo consciente, antes de serem trazidas à luz. A tentativa de acelerar esse processo costuma produzir apenas soluções óbvias.

O problema é que muitos processos criativos são desenhados para impedir exatamente isso. Ao exigir clareza imediata, objetivos excessivamente definidos e respostas rápidas, eles matam o estágio simbólico da criação. Quando tudo precisa fazer sentido desde o início, não há espaço para metáforas, deslocamentos ou associações inesperadas.

Aqui, o papel do briefing é decisivo. Um briefing excessivamente fechado não orienta — ele engessa. Ele transforma a criação em execução. Em vez de abrir caminhos, reduz o pensamento a um corredor estreito, onde só cabem ideias previsíveis. Um bom briefing, ao contrário, cria um campo simbólico fértil. Ele oferece direção, mas não elimina a ambiguidade. Ele aponta o problema, mas não define a forma da resposta.

Não se trata de ausência de estrutura. Trata-se de uma estrutura que aceita o não sabido. Que permite que o pensamento vague antes de se fixar. Que não mata a metáfora antes de ela cumprir sua função.

Como sintetizou Nietzsche, “um pensamento vem quando ele quer, e não quando eu quero”. Criar exige aceitar esse desconforto. Exige abrir mão, temporariamente, do controle total. Porque é justamente aí — nesse espaço ainda indefinido — que a criatividade começa a acontecer.

Gestalt e o insight criativo

Se a psicanálise mostra de onde vem o material criativo, a Gestalt explica como ele se organiza. O insight criativo não surge quando acumulamos mais dados, mas quando reorganizamos aquilo que já está diante de nós. Criatividade, aqui, não é soma. É mudança de forma.

A Gestalt parte de uma ideia simples e poderosa: percebemos o mundo sempre a partir de relações entre figura e fundo. O que se destaca, o que recua, o que ganha sentido e o que vira ruído. O insight acontece quando essa relação se reorganiza de maneira súbita. O problema é o mesmo, mas a forma de vê-lo muda.

Por isso, criatividade não acontece quando alguém “explica melhor”. Ela acontece quando alguém ajuda a ver diferente. Receber mais informação raramente produz insight. Muitas vezes, produz o efeito oposto: saturação. O excesso de dados achata a percepção e torna tudo igualmente relevante — o que, na prática, significa que nada realmente importa.

Essa lógica tem implicações diretas para a forma como estruturamos problemas criativos. Um bom briefing não é aquele que tenta antecipar todas as respostas, mas aquele que organiza a percepção. Ele destaca a figura central — o verdadeiro problema — e empurra o restante para o fundo. Ele cria hierarquia, foco e tensão.

A tensão é fundamental. Insight não nasce do conforto, mas do estranhamento. Da sensação de que algo não se encaixa perfeitamente. Quando o briefing cria lacunas, paradoxos ou contradições aparentes, ele convida o pensamento a reorganizar o problema. É nesse momento que a imaginação entra em ação.

Existe, portanto, um erro recorrente nos processos criativos: tratar clareza como excesso de explicação. Clareza, do ponto de vista da Gestalt, é exatamente o contrário. É saber o que deixar em aberto. É reconhecer que, se tudo vira figura, nada se destaca. Se tudo é dito, nada precisa ser descoberto.

Criativos precisam aprender a ignorar o ruído para enxergar o que importa. E isso só acontece quando o sistema permite espaço vazio. O vazio não é falta. É condição. É ali que a percepção se reorganiza — e o insight acontece.

A psicologia da arte

Se a Gestalt explica como o insight reorganiza a percepção, a psicologia da arte dá um passo além ao afirmar algo mais radical: forma e conteúdo são inseparáveis. Não existe uma ideia “pura” que depois recebe uma forma adequada. A forma é o próprio pensamento em ação.

Criar não é apenas decidir o que dizer, mas como dizer. E esse “como” não é decorativo. É estrutural. A maneira como uma ideia ganha forma — em imagens, ritmos, narrativas, metáforas ou gestos — molda o próprio significado daquilo que está sendo pensado. Mudar a forma é mudar o pensamento.

Essa perspectiva desmonta uma visão muito comum no mundo corporativo: a de que a criatividade entra apenas no final do processo, como acabamento ou embelezamento de uma ideia já resolvida. Do ponto de vista da psicologia da arte, isso não faz sentido. A criação artística não traduz um pensamento racional prévio. Ela é um modo de pensar.

Criar envolve percepção, emoção, corpo e memória cultural ao mesmo tempo. Pensamos com imagens. Pensamos com contrastes. Pensamos com ritmo. Pensamos com silêncio. A arte é um modo sensível de conhecer o mundo — não um adorno aplicado depois que o raciocínio termina.

Essa lógica se aplica diretamente à forma como os problemas criativos são apresentados. Um briefing também comunica pela forma. Se ele é confuso, comunica confusão. Se é rígido, comunica rigidez. Se é excessivamente técnico, comunica que só há um caminho possível. Antes mesmo de qualquer ideia surgir, o briefing já organiza — ou desorganiza — o pensamento.

Quando tratado apenas como um documento racional, o briefing perde potência criativa. Mas quando é pensado como um objeto perceptivo, ele começa a operar como estímulo. Linguagem, referências visuais, metáforas e imagens não são acessórios: são ferramentas cognitivas. Elas ajudam a estruturar o pensamento de maneira não linear.

Por isso, processos criativos ganham força quando incorporam experimentação artística. Não porque “relaxam” a equipe, mas porque ativam outros modos de pensar. Organizar estímulos visuais reorganiza o pensamento. Trabalhar forma é trabalhar ideia.

Como escreveu Rudolf Arnheim, “a arte não expressa um pensamento — ela é um pensamento”. Entender isso muda tudo. Criatividade deixa de ser apenas geração de ideias e passa a ser construção de sentido pela forma.

A teoria do investimento em criatividade

A teoria do investimento em criatividade, desenvolvida pelo psicólogo Robert Sternberg, parte de uma provocação simples e poderosa: ideias criativas raramente parecem boas no início. Elas surgem estranhas, desalinhadas, frágeis. Ainda não têm a forma final, nem a linguagem adequada, nem o respaldo do consenso. Justamente por isso, costumam ser descartadas cedo demais.

Sternberg propõe que criar é agir como um investidor. Apostar em ideias “baratas” — aquelas que ainda não são valorizadas pelo mercado, pela cultura ou pelas organizações. Onde muitos veem erro, risco ou irrelevância, o olhar criativo enxerga potencial. Criatividade, nessa perspectiva, não é segurança. É coragem para investir antes da validação.

Essa visão expõe um dos grandes paradoxos da inovação contemporânea. Dizemos buscar ideias originais, mas as avaliamos com critérios conservadores. Pedimos ruptura, mas exigimos previsibilidade. Queremos o novo, desde que ele se pareça com algo que já conhecemos. O resultado é um sistema que fala em criatividade, mas recompensa apenas variações seguras do existente.

Ideias criativas precisam de tempo para maturar. O que hoje soa estranho, amanhã pode parecer inevitável. Mas essa transformação só acontece se houver proteção. Sem um ambiente que legitime o desconforto inicial, a estranheza nunca se transforma em valor. A criatividade morre antes de chegar à fase em que pode ser compreendida, refinada e reconhecida.

Nesse contexto, o papel do briefing — e de quem o constrói — muda novamente. Não se trata apenas de direcionar a criação, mas de proteger ideias não óbvias do julgamento prematuro. Um bom briefing cria espaço para apostas. Ele sinaliza que o processo aceita risco, que a estranheza inicial faz parte do caminho e que nem tudo precisa fazer sentido de imediato.

Essa lógica exige uma mudança de postura na avaliação criativa. Julgar criatividade não é apenas medir aderência a critérios conhecidos, mas exercitar a capacidade de enxergar valor potencial. É menos sobre decidir rápido e mais sobre sustentar boas perguntas por tempo suficiente para que as ideias amadureçam.

Criatividade, nesse sentido, não é um jogo de acertos imediatos. É um jogo de visão. Quem investe cedo demais apenas no óbvio perde a chance de construir algo realmente novo. Quem aprende a sustentar a aposta — mesmo sem garantias — amplia o espaço onde a inovação pode, de fato, acontecer.

O modelo componencial da criatividade

Se a teoria do investimento mostra que criatividade exige coragem para apostar, o modelo componencial da criatividade, desenvolvido pela psicóloga Teresa Amabile, deixa claro que nenhuma aposta se sustenta sem combustível. Ideias não florescem apenas por talento ou método. Elas dependem de condições humanas muito concretas.

Amabile propõe que a criatividade emerge da combinação de três componentes fundamentais: motivação intrínseca, expertise (repertório e conhecimento) e habilidades de pensamento criativo. Mas há um ponto decisivo em sua teoria: esses componentes só operam plenamente quando o ambiente permite experimentação. Sem isso, mesmo pessoas altamente capacitadas produzem pouco ou nada de novo.

Entre esses fatores, a motivação intrínseca ocupa um lugar central. Criatividade nasce quando as pessoas estão genuinamente envolvidas com o desafio — quando sentem curiosidade, interesse e propósito. Não quando trabalham apenas para cumprir uma tarefa, atender a uma demanda burocrática ou evitar punições. Ambientes excessivamente controlados, pressionados por prazos rígidos e avessos ao erro fazem exatamente o oposto: reduzem o pensamento ao mínimo necessário.

Esse ponto é especialmente relevante porque muitos contextos criativos funcionam em contradição aberta com aquilo que dizem valorizar. Falam em inovação, mas operam sistemas que desestimulam qualquer desvio. Pedem originalidade, mas punem tentativas que fogem do esperado. O resultado é previsível: equipes cautelosas, ideias defensivas e uma criatividade reduzida à variação segura do que já existe.

Nesse cenário, o briefing volta a desempenhar um papel crucial. Ele não apenas orienta o trabalho criativo — ele sinaliza o tipo de ambiente psicológico que está sendo criado. Um briefing que desperta curiosidade, apresenta um desafio significativo e oferece espaço para múltiplas abordagens fortalece a motivação intrínseca. Um briefing que antecipa respostas, restringe caminhos e fecha possibilidades comunica, ainda que implicitamente, que o risco não é bem-vindo.

Amabile é clara ao apontar que criatividade precisa de segurança psicológica para existir. Isso não significa ausência de critério, ambição ou exigência. Significa clareza sobre o desafio combinada com liberdade para explorar caminhos diversos. Significa saber que ideias incomuns não serão descartadas automaticamente — ao menos não antes de serem compreendidas.

Sem esse combustível humano, nenhuma técnica funciona. Nenhuma metodologia se sustenta. Criatividade não é apenas capacidade individual. É energia direcionada. E essa energia depende diretamente do ambiente que escolhemos — conscientemente ou não — construir.

A perspectiva sistêmica da criatividade

Até aqui, olhamos para a criatividade principalmente a partir do indivíduo: o inconsciente, a percepção, a forma, a aposta, a motivação. A perspectiva sistêmica da criatividade, desenvolvida pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, propõe o último — e talvez mais desconfortável — deslocamento: uma ideia só se torna criativa quando entra no mundo.

Para Csikszentmihalyi, criatividade não é apenas gerar algo novo. É fazer com que esse algo seja reconhecido como válido dentro de um contexto cultural específico. Para que isso aconteça, três elementos precisam operar em conjunto: o indivíduo, o domínio e o campo.

O indivíduo é o criador — com sua sensibilidade, história, repertório e capacidades cognitivas. O domínio é o conjunto de linguagens, referências, técnicas e convenções acumuladas pela cultura ao longo do tempo. Ele define o que faz sentido naquele território. O campo é o sistema de validação: clientes, marcas, mercados, instituições, críticos, regras explícitas e implícitas. Sem a aceitação do campo, a ideia permanece invisível.

Essa visão desmonta a noção romântica de genialidade isolada. Não importa quão original seja uma ideia se ela não consegue dialogar com o repertório cultural disponível ou atravessar os filtros de validação. Criatividade, nesse sentido, é sempre uma negociação — entre novidade e reconhecimento, ruptura e pertencimento.

É nesse ponto que o briefing assume um papel estratégico decisivo. Ele funciona como ponte entre sistemas. Alimenta o indivíduo criativo com estímulos, perguntas e espaço de exploração. Dialoga com o domínio cultural ao reconhecer códigos, referências e tensões do seu tempo. E, ao mesmo tempo, negocia com o campo — alinhando expectativas, limites e critérios de reconhecimento.

Quando essa mediação falha, o processo se rompe. Ou as ideias se tornam autorreferentes demais, desconectadas da cultura e do contexto. Ou se adaptam excessivamente ao campo, perdendo qualquer potência criativa. O equilíbrio é delicado — e raramente acontece por acaso.

Essa é uma das razões pelas quais tantas boas ideias morrem não por falta de qualidade, mas por falta de tradução. Elas não encontram a linguagem certa para atravessar o sistema. Não porque sejam ruins, mas porque não foram mediadas.

A perspectiva sistêmica deixa isso claro: criatividade não é apenas um ato de criação. É um processo de inserção cultural. Ideias criativas só existem quando conseguem ser vistas, compreendidas e aceitas. Fora disso, permanecem apenas como intenção — nunca como transformação real.


Ao percorrer diferentes perspectivas sobre a criatividade, uma coisa fica clara: criar não é um ato isolado nem um talento misterioso. É o resultado de um sistema em funcionamento. Um sistema que começa no inconsciente, se reorganiza na percepção, ganha forma sensível, exige coragem para ser apostado, depende de motivação humana e só se completa quando encontra validação no mundo.

Esse olhar integrado ajuda a desmontar dois extremos igualmente problemáticos. De um lado, a ideia de que criatividade é pura liberdade, sem direção. De outro, a tentativa de controlá-la como se fosse um processo industrial previsível. Nenhum dos dois funciona. Criatividade acontece no espaço intermediário — onde há direção suficiente para dar sentido e abertura suficiente para permitir o inesperado.

Nesse contexto, o papel de quem estrutura problemas criativos muda profundamente. Não se trata de extrair ideias, pressionar soluções ou acelerar respostas. Trata-se de desenhar condições. De criar campos simbólicos férteis, tensões perceptivas relevantes, ambientes psicologicamente seguros e pontes eficazes entre criação, cultura e validação.

Como sintetiza Evandro Malgueiro, boas ideias não surgem porque alguém as força, mas porque criamos condições para que algo pense em nós. Quando entendemos a criatividade dessa forma, ela deixa de ser um mistério inalcançável — e passa a ser uma responsabilidade compartilhada.

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