Se a era das big ideas já era, as marcas serão o que eram?

imagem: Vale Zmeykov

imagem: Vale Zmeykov

As pessoas estão comprando com um clique no instagram, e você quer parar pra falar sobre a big idea? Sim, quero.

O debate sobre onde uma marca deve pôr mais esforço -nas ideias  táticas ou no posicionamento- é infinito. Há quem diga que a ideia grande é um luxo que as marcas não podem mais bancar. Que o jeito das pessoas se relacionarem com as marcas muda toda hora. E que, em tempos de mudança, ideias táticas são a aposta segura.

Pra engrossar o caldo, te deixamos com o Nick Kendall, que foi planejador da BBH um tempão.
Neste texto, ele faz um manifesto pela ideia grande. 
Mas sem purismo ou volta ao passado, pelo contrário.

É claro que agilidade é importante, que as marcas precisam conseguir se esticar da ideia grande até as ideias táticas. Mas, na real, fazer só uma dessas ideias é fazer nenhuma. 

Por exemplo, com tantos jeitos de pôr nosso produto na frente das pessoas, a gente ficou obcecado com a ponta do funil: como gerar mais cliques no botão «comprar».

Só tem um probleminha aí. Um botão de comprar não faz efeito se as pessoas não se importam com sua marca.

Não adianta estar pronto pra responder à demanda se você não criou a demanda.

Pensa no valor de uma Nike, que usa uma ideia de marca pra atravessar países, décadas, modalidades de esporte, mídias. Agora compara com uma Reebok, com suas várias ideias de curto prazo. Qual marca tem mais valor? Mais que isso: qual marca fez ideias táticas que você quer conversar sobre?

Porque as coisas vão mudar, é que a gente precisa de estratégia. Porque as marcas precisam disparar ideias pequenas, diferentes, simultâneas, é que elas precisam de uma ideia forte.
Pro Nick, a estratégia nao tem que existir apesar da mudança; a estratégia existe por causa da mudança.